Hortolândia sedia maratona de tecnologia para jovens

Mais de 70 estudantes e 8 professores do Ensino Médio, de escolas públicas de Valinhos e Hortolândia, SP, participaram do Hackathon “Vamos Aprender STEM”

A Kyndryl (NYSE: KD) – maior provedora de serviços de infraestrutura de TI do mundo — e a UWB (United Way Brasil) — organização social que atua pelo desenvolvimento das novas gerações do País – realizaram, no dia 1º de julho, uma “batalha do bem” que reuniu mais de 70 estudantes da rede estadual de Hortolândia e Valinhos em um Hackathon (maratona de tecnologia). 

O evento encerrou dois meses de intensa atividade nas três escolas públicas que participaram do projeto “Vamos Aprender STEM”, uma realização da Kyndryl e da UWB, que ofereceu uma experiência em STEM (metodologia de ensino “mão na massa”, baseada em ciência, tecnologia, engenharia e matemática) para mais de 900 estudantes do Ensino Médio, de escolas públicas de Valinhos e Hortolândia, no Estado de São Paulo. Além das ciências exatas, a experiência também desenvolve habilidades 4.0 (conhecidas como socioemocionais) e competências digitais, pois demanda dos alunos e professores um trabalho em equipe. 

Para a realização do Hackathon, os estudantes foram convidados a identificar e resolver desafios reais da escola e da comunidade, a partir de ferramentas de STEM e os 15 projetos pré-selecionados foram para o Hackathon, que aconteceu sábado, dia 1 de julho. No Hackathon os grupos receberam feedback e mentoria de especialistas em STEM e voluntários da Kyndryl para aprimorar suas propostas e participaram de uma banca avaliadora que escolheu os três projetos ganhadores que desenvolveram um dispenser de comida para gatos automático; um óculos feito de plástico reciclável e equipado com um sensor de distância e um buzzer, para auxiliar pessoas com deficiência visual e um desenho esquemático de um piso tátil e uma plataforma para auxiliar pessoas com deficiência visual a atravessar avenidas.

Cada aluno e cada professor dos três grupos ganhadores levaram para casa um prêmio em vale-presente. Além dos prêmios, todos os alunos participantes do Hackathon, foram convidados a visitar a sede da Kyndryl, em Hortolândia (SP) para conhecerem de perto o espaço da empresa e terem a oportunidade de conversar com arquitetos de solução, especialistas de TI e outros profissionais da área.

“Estabelecemos conexões entre estudantes em situação de vulnerabilidade e profissionais da Kyndryl com carreiras consolidadas em TI para promover o aprendizado não apenas técnico, mas também habilidades socioemocionais. Essa foi uma experiência inédita tanto para a Kyndryl quanto para a UWB. Estimulamos os estudantes a perceberem que a ciência e a tecnologia são acessíveis e repletas de oportunidades, bem como aproximamos nossa força de trabalho da comunidade”, esclarece Suelen Scorsin, líder de Responsabilidade Social Corporativa da Kyndryl Brasil.

“Essa aliança com a Kyndryl permitiu que alunos da rede pública tenham tido um primeiro contato com novas tecnologias e linguagens. A relevância do projeto está baseada no compromisso da United Way de proporcionar a jovens-potência oportunidades para desenvolvimento de habilidades e competências requeridas para as profissões de futuro, como visão sistêmica e resolução de problemas”, afirma Gabriella Bighetti, CEO da United Way Brasil.

Sobre o Projeto STEM

A Kyndryl (NYSE: KD), a maior prestadora de serviços de infraestrutura de TI do mundo, e a United Way, centenária organização sem fins lucrativos que atua em uma rede de escolas credenciadas, são parceiras em uma iniciativa de voluntariado que visa apresentar conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (disciplinas STEM, no acrônimo inglês) a mais de 3.000 estudantes e professores da América Latina, distribuídos pelo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru.

No Brasil, desde o mês de maio, 460 voluntários da Kyndryl participam de atividades em modelo híbrido (virtual e presencial) para impactar mais de 906 jovens de aproximadamente dez escolas e organizações sociais das cidades de São Paulo, Hortolândia e Valinhos, no estado de São Paulo.

O projeto utiliza um modelo de bootcamp, ou seja, um curso educativo em formato intensivo, que visa aproximar, por meio de demonstrações práticas e experimentos, as crianças e jovens das escolas participantes às ciências exatas e ao ensino STEM – conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (no acrônimo inglês).

De acordo com o Banco Mundial, apenas 30% dos estudantes da América Latina possuem os requisitos mínimos para o desenvolvimento profissional em carreiras STEM, o que significa que a região carece de preparo e de experiências que são imprescindíveis ao caminho da inovação. Este programa pretende estimular os estudantes de hoje a tirarem proveito de todas as possibilidades oferecidas pela economia digital para que eles possam se tornar a próxima geração de profissionais da tecnologia na América Latina.

Sobre a UWB – A UWB faz parte de uma organização global (United Way), de grande reputação, e atua no Brasil desde 2001. O objetivo da organização é investir na potência das novas gerações por meio da articulação de parcerias e alianças com diferentes setores. A organização promove oportunidades de desenvolvimento a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, a fim de que possam ter acesso a uma vida melhor e mais digna. A instituição transforma ideias em soluções, de forma coletiva e colaborativa, para realizar mudanças socioambientais sistêmicas e sustentáveis. Saiba mais: https://unitedwaybrasil.org.br/ Sobre a Kyndryl – A Kyndryl (NYSE: KD) é a maior provedora de serviços de infraestrutura de TI do mundo, atendendo milhares de clientes corporativos em mais de 60 países. A empresa projeta, constrói, gerencia e moderniza os complexos sistemas de informação de missão crítica dos quais o mundo depende todos os dias. Para mais informações, visite www.kyndryl.com.

Sobre a Kyndryl – A Kyndryl (NYSE: KD) é a maior provedora de serviços de infraestrutura de TI do mundo, atendendo milhares de clientes corporativos em mais de 60 países. A empresa projeta, constrói, gerencia e moderniza os complexos sistemas de informação de missão crítica dos quais o mundo depende todos os dias.Para mais informações, visitewww.kyndryl.com.

Juventudes Potentes: nova narrativa quer multiplicar a agenda urgente da inclusão produtiva de jovens

Para aproximar cada vez mais os diferentes atores da causa da inclusão produtiva de jovens-potência, colocando as juventudes no centro dessa questão, o GOYN SP passa a se chamar Juventudes Potentes 🎉. O nome é novo, mas continuamos integrando o movimento The Global Opportunity Youth Network, liderado pelo Instituto Aspen, sendo articulados, em São Paulo, pela UWB. Nossa missão e nossos objetivos permanecem os mesmos, com muitos avanços para fortalecer essa agenda. 

A mudança de nome foi fruto de muitas reuniões e diálogos com jovens e nossa equipe. Percebemos que GOYN SP não refletia nossa brasilidade e não se identificava com as juventudes periféricas que buscamos alcançar. Por isso, decidimos, de forma coletiva, adotar Juventudes Potentes para o programa, em São Paulo.

Acreditamos que essa mudança trará mais clareza e estabelecerá uma conexão direta com juventudes historicamente excluídas de oportunidades dignas de formação e trabalho. Queremos que todas(os) se sintam representadas(os) e valorizadas(os). Você, jovem paulistano, é foco de nosso trabalho e razão de nossa existência!

Embora o nome tenha mudado, tudo mais continuará como antes: a UWB é a organização articuladora do movimento em São Paulo; todo nosso trabalho em rede seguirá o propósito de engajar mais jovens, empresas e instituições nessa causa vital para o enfrentamento das desigualdades sociais. Nossa meta ambiciosa, de incluir produtivamente 100 mil jovens-potência da cidade até 2030, continua firme. Para isso, contamos com a sua colaboração!

Além disso, todos os nossos materiais e canais de comunicação serão atualizados para evidenciar o novo nome. Também faremos a comunicação dessa mudança em nossas redes. Se puder nos apoiar nessa divulgação, agradecemos muito!

Seguimos em frente, com muita motivação e certos de que, juntos, vamos avançar cada vez mais para que Juventudes Potentes seja uma marca forte, transformadora e uma ponte que une diferentes atores em torno de um mesmo propósito. 

#Empresas&JuventudesPotentes: espaço para dialogar sobre a causa

Estamos animados e determinados a seguir em frente para construir uma marca forte e transformadora. Por isso, vamos dedicar uma editoria especial nas nossas redes para compartilhar desafios e conquistas coletivas do Juventudes Potentes. No #Empresas&JuventudesPotentes teremos espaço para dialogar sobre diferentes temas relacionados à inclusão produtiva, reunindo diversos atores em torno do mesmo propósito de promover um futuro mais inclusivo e sustentável. Por isso, não perca nossas postagens. Fique por dentro de nossas ações e dê a sua contribuição para os avanços dessa causa. Curta, comente e compartilhe!

Agradecemos a todas(os) que têm nos apoiado e convidamos você a se juntar a nossa rede, numa jornada emocionante e transformadora. Juntos, vamos superar desafios e criar oportunidades reais para as Juventudes Potentes 💪

UWB e Kyndryl levam o programa “Vamos Aprender STEM” a escolas públicas do interior de São Paulo

“Vamos aprender STEM” 

Em um projeto inédito e inovador, a UWB estreia sua parceria com a Kyndryl, empresa de tecnologia voltada à segurança cibernética para grandes corporações, que nasceu da IBM, no final de 2021. 

A iniciativa irá levar uma experiência em STEM (metodologia de ensino “mão na massa”, baseada em ciência, tecnologia, engenharia e matemática) para 1.120 estudantes e professores do Ensino Médio, de escolas públicas de Valinhos e Hortolândia, no Estado de São Paulo. Além das ciências exatas, a experiência STEM também desenvolve habilidades 4.0 (conhecidas como socioemocionais) e competências digitais, pois demanda dos alunos e professores o trabalho em  grupos para identificar e resolver desafios reais da escola e da comunidade, a partir de ferramentas de STEM.

Também foram doados 115 kits de robótica às escolas a fim de que os estudantes tenham uma boa infraestrutura para desenvolver seus projetos. Além de prepará-los para as profissões de futuro, a iniciativa irá conectá-los com mais de 300 voluntários da Kyndryl em sessões de mentorias virtuais e aulas temáticas para apoiá-los no desenvolvimento dos projetos. Os professores de matérias correlacionadas à tecnologia das escolas participantes também serão capacitados por um time especializado em STEM. 

Foi dada a largada!

Em abril, durante uma semana, as três escolas parceiras, localizadas na periferia dos municípios de Valinhos e Hortolândia, foram apresentadas ao projeto, com palestras de abertura para alunos e capacitação para professores. 

Os representantes dos 640 alunos da E.E. Adoniran Barbosa (Valinhos), dos 520 alunos da E.E. La Fortezza, e dos 180 alunos da E.E. Paulina Rosa (ambas em Hortolândia) participaram de uma palestra sobre novas tecnologias e as profissões de futuro, feita pelo time do professor Miguel da Hora e por colaboradores voluntários da Kyndryl. Os professores receberam capacitação sobre a utilização dos kits de robótica e a metodologia STEM, como forma de oferecer um embasamento teórico para apoiar a aprendizagem dos alunos. 

Processo de construção
Os alunos terão seis semanas para desenvolver seus projetos, sendo que os criadores das 15 soluções mais bem avaliadas serão convidados para um hackathon presencial no final de junho. Os três grupos finalistas farão uma visita à sede da Kyndryl, localizada nas proximidades das escolas participantes. Por meio do “Vamos Aprender STEM”, também se pretende abrir as portas da empresa para a inclusão produtiva de jovens que se destacarem nessa ação. 

A importância do projeto para o mercado de trabalho

Com os avanços da tecnologia, o mercado de trabalho tem vivenciado a falta de mão de obra especializada para postos que exigem habilidades tecnológicas apuradas. Somente no setor de TI, o Brasil terá 530 mil vagas de trabalho até 2025 não preenchidas, de acordo com Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). Ações que inspirem e preparem jovens para ocuparem esses lugares no curto e médio prazo são urgentes e essenciais.

Voluntariado corporativo

O projeto também é uma estratégia para promover o voluntariado corporativo, envolvendo os colaboradores da Kyndyl para que sejam mentores dos estudantes. Nessa função, os voluntários podem oferecer horas de mentoria e/ou gravar vídeos com conteúdos formativos sobre STEM e soft skills. Além de contribuir para a formação dos estudantes, o voluntariado é uma ótima oportunidade para trabalhar habilidades socioemocionais com colaboradores da empresa. Ao expô-los a um contexto diferente, elas e eles acabam desenvolvendo um senso de empatia por esses jovens, o que irá possibilitar a construção de ambientes mais acolhedores e promissores nas empresas, quando colaboradores jovens entrarem nas equipes, contratados pela corporação.

Para a empresa, o voluntariado corporativo é uma alavanca potente para cumprir pautas da agenda ESG e avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU. A sua empresa também pode fazer a diferença e apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens em situação de vulnerabilidade. Clique aqui e saiba como.

Novo selo GPTW vai certificar empresas que empregam e desenvolvem juventudes

Categoria foi criada a partir da articulação da UWB e do GOYN SP com a GPTW, tendo o propósito de reconhecer a inclusão produtiva das juventudes como pauta essencial para jovens em situação de vulnerabilidade, para o fortalecimento dos negócios e da agenda ESG e o enfrentamento das desigualdades sociais.

Evento da Great Place to Work (GPTW), terá como um dos pontos altos o lançamento do selo “Melhores Empresas para Trabalhar – Jovens-Potência”, cujo objetivo é reconhecer as corporações que possuem ações afirmativas e políticas internas de seleção, recrutamento e desenvolvimento de jovens, a fim de que elas e eles possam alcançar sucesso nas suas trajetórias profissionais.

A iniciativa é resultado de uma ampla mobilização realizada pela UWB, pelo GOYN SP e seus parceiros para destacar a importância da pauta da inclusão produtiva das juventudes periféricas, parte da população mais afetada pelos impactos negativos, sociais e econômicos, da pandemia causada pela Covid-19.

A criação do selo busca provocar reflexões e mudanças no ecossistema corporativo para que empresas repensem e aprimorem processos de contratação e desenvolvimento de talentos, com o objetivo de incluir jovens-potência em seus times, garantindo mais diversidade e equidade ao mercado de trabalho. Jovens-potência são jovens de 15 a 29 anos que estão em situação de vulnerabilidade social e sem oportunidade de formação acadêmica e/ou emprego formal.

“A UWB e o GOYN SP têm a missão comum de atuar pela promoção de espaços que apontem a inclusão produtiva das juventudes como uma estratégia sólida para o enfrentamento das desigualdades sociais. Por isso, a importância desse selo, em parceria com a GPTW. Não podemos ignorar a realidade complexa e crítica de nossas juventudes. Segundo recente pesquisa do Banco Mundial, no Brasil, estima-se em até 10 anos o impacto negativo do desemprego ou de empregos mal remunerados para quem entra hoje no mercado de trabalho, com remunerações 13% mais baixas, em média. Vale lembrar que pessoas com menos de 25 anos, que fazem parte da população mais afetada pela pandemia, representarão cerca de 90% da força de trabalho ativa em 2050. Se as empresas não olharem para esse contexto, o desenvolvimento socioeconômico do País ficará comprometido”, alerta Gabriella Bighetti, diretora-executiva da UWB.

Contratar e gerar permanência de jovens-potência em suas equipes também são estratégias para o fortalecimento de negócios alinhados com a agenda ESG (Environmental, Social and Governance). Isto porque investidores e consumidores estão mais exigentes e têm escolhido onde aplicar recursos e de quem obter produtos e serviços. Cada vez mais as pessoas buscam marcas que realizem ações amplas, socialmente transformadoras e sustentáveis. “É indiscutível que promover formação e contratar jovens em situação de vulnerabilidade podem impactar positivamente toda a sociedade. Em 2022, 35,9% de jovens de 18 a 24 anos estavam desempregados. Inclui-los em postos dignos de trabalho significa evitar prejuízos de até 1,5% do PIB, quebrar ciclos de pobreza, enfrentar o racismo estrutural e os diferentes preconceitos e qualificar nosso capital humano, no médio e longo prazo”, reforça Gabriella.

“Moro na Zona Sul de São Paulo e, atualmente, faço parte do Núcleo Jovem do GOYN. Com certeza, faz total diferença na minha vida! Por meio do programa, eu pude melhorar a minha comunicação e enfrentar melhor os desafios por ser tímida. Hoje em dia trabalho em uma empresa maravilhosa, que também consegui graças ao programa. Tem sido muito gratificante fazer parte disso tudo”, conta a jovem-potência Leiriane Ferreira.

Empresas já certificadas podem requerer o selo jovem-potência

Durante o ano de 2023, após o lançamento do selo “Melhores Empresas para Trabalhar – Jovens-Potência”, as empresas certificadas na lista de Melhores Empresas para Trabalhar podem responder a um questionário adicional e concorrer ao ranking Jovens-Potência. As perguntas avaliarão o quanto, de fato, as corporações estão trabalhando com essa agenda.

A compilação dos resultados levará a uma gama de dados e evidências sobre o mercado potencial empregador de São Paulo, apontando quais empresas estão no topo da lista, as etapas do processo de contratação e retenção de jovens que ainda são frágeis, o que tem sido feito para garantir a entrada e permanência desses talentos no ecossistema corporativo e outros aspectos importantes que possam inspirar iniciativas de promoção e ampliação da inclusão produtiva das juventudes periféricas.

Toda essa mobilização quer envolver diferentes áreas de negócio na causa jovem para que os avanços dessa pauta possam ser acelerados, como resposta efetiva aos desafios do mercado na pós pandemia, fortalecendo o desenvolvimento econômico e social do País.

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Sobre a UWB – Fazemos parte da United Way, uma organização global centenária, de grande reputação. Atuamos no Brasil desde 2001, quando um grupo de empresários e lideranças da sociedade civil se uniram para criar a UWB. Nosso objetivo é articular parcerias e alianças com diferentes setores para promover oportunidades de desenvolvimento a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, a fim de que possam ter acesso a uma vida melhor e mais digna. Transformamos ideias em soluções, de forma coletiva e colaborativa, para realizar mudanças socioambientais sistêmicas e sustentáveis. No Brasil, somos a organização articuladora do GOYN SP. Saiba mais.

Sobre o GOYN SP – Integramos o movimento internacional Global Opportunity Youth Network (GOYN), uma aliança formada por jovens, empresas, instituições e especialistas, liderada mundialmente pelo Instituto Aspen (EUA). Nós chegamos ao Brasil, no município de São Paulo, em 2020, por meio da UWB, responsável por articular e organizar essa grande rede colaborativa para promover a inclusão produtiva de 100 mil jovens em situação de vulnerabilidade social, até 2030. Atualmente contamos com mais de 80 instituições em nossa rede. Saiba mais em https://goynsp.org/.

Trabalho, saúde e educação são prioridades apontadas pelas juventudes periféricas, segundo pesquisa apoiada pelo GOYN SP

A pandemia da Covid-19 deixou uma herança com muitos desafios e diferentes aprendizados. Para as juventudes da capital da maior metrópole do país não foi diferente, como mostram os resultados do Caderno São Paulo, um recorte da pesquisa “Juventudes e pandemia: e agora?”.

O estudo foi coordenado pelo Atlas das Juventudes em parceria com o GOYN SP, Rede Conhecimento Social e Prefeitura de São Paulo (acesse a íntegra da pesquisa Brasil aqui).
Dentre as evidências encontradas, está a importância de cursos de qualificação profissional como uma das soluções apontadas por 29% das(os) jovens entrevistadas(os) para lidar com os efeitos negativos da pandemia no mercado de trabalho. Aliás, essa foi uma das prioridades de 73% das(os) respondentes durante a fase do distanciamento social: buscar cursos on-line para se qualificarem.

Outro resultado interessante, apontado pela pesquisa, é o otimismo com as novas formas de trabalho: 82% acreditam nessa perspectiva e 45% disseram que, se pudessem, gostariam de empreender. Trabalhar sem estar presencialmente nos espaços corporativos e implementação de horários flexíveis são duas práticas que, segundo as(os) respondentes, vieram para ficar no pós-pandemia e mostram que a produtividade é possível sem a presença física (68% das/os entrevistadas/os) e sem horários rígidos (62% das/os entrevistadas/os).

No que diz respeito à atuação nos territórios onde vivem, 24% das(os) jovens afirmaram que iniciativas para gerar oportunidades de incentivo, financiamento e fomento de projetos realizados pelas juventudes podem atenuar os efeitos negativos da pandemia.

Neste quadro, estão cinco outras ações citadas pelas(os) entrevistadas(os) que devem ser foco de trabalho de redes e coalizões como o GOYN SP para apoiar o desenvolvimento e a inclusão produtiva das juventudes periféricas.

Ampliação de empregos formais (18%)Projetos de formação e desenvolvimento de competências empreendedoras (16%) Políticas para inclusão produtiva de grupos minorizados (15%)Políticas de renda emergencial para famílias em situação de vulnerabilidade (15%)Criação de espaços e redes de apoio para autônomos e empreendedores (12%)

“No GOYN SP trabalhamos com base em dados e evidências para, coletivamente, desenhar soluções que possam apoiar as juventudes na sua jornada profissional. Para isso, temos a participação central de jovens-potência. A pesquisa é uma importante ferramenta de escuta e de reflexão para que possamos avançar com nosso propósito de promover a inclusão produtiva de 100 mil jovens-potência da cidade, até 2030”, explicou Nayara Bazzoli, líder do GOYN SP.

Saúde e educação caminham juntas

A pesquisa também trouxe dados sobre a saúde emocional das juventudes, com resultados que merecem especial atenção: 59% das(os) respondentes afirmaram que foram afetadas(os) pela ansiedade e, por conta disso, 76% estão em busca de trabalhos em que seja possível conciliar a vida profissional e pessoal.

Uma das soluções apontadas por 47% das(os) entrevistadas(os) para mitigar os efeitos da pandemia no seu bem-estar integral é a implementação de atendimento psicológico especializado nessa etapa da vida, na saúde pública, e 38% sugerem que esse acompanhamento seja feito nas escolas públicas.

Com relação à educação, os dados preocupam também, já que 49% das(os) estudantes afirmaram ter parado de estudar durante a pandemia. Embora tenham voltado à escola após esse período, 63% disseram sentir que estão defasadas(os) na aprendizagem. Já 54% consideram que conteúdos que preparem para o mercado de trabalho são mais significativos para o momento, sendo que 63% se sentem otimistas com a conexão educação e trabalho.

Participação política é vista com restrições

A pandemia despertou, em boa parte das(os) jovens, um olhar para o sentido da vida pública, com foco na recuperação econômica das pessoas e, consequentemente, do país. No que diz respeito ao sistema de governo, 86% das(os) entrevistadas(os) defendem a democracia. Por outro lado, apenas 3% disseram pretender se candidatar a cargos políticos futuramente o que, de certa forma, reforça um outro dado apurado pela pesquisa: 73% das(os) jovens não acreditam no comprometimento dos atuais políticos com os interesses e as necessidades da sociedade. Por outro lado, 56% se sentem mais otimistas em relação aos espaços de participação ampliados na fase da pós-pandemia.

Quando perguntados o que fariam se fossem políticos hoje, as(os) respondentes priorizaram ações para fortalecer a educação (33%), combater a fome (30%) e recuperar a economia (30%).

A pesquisa escutou 1.988 jovens de 15 a 29 anos, residentes na cidade de São Paulo, nos meses de julho e agosto de 2022. Desse grupo, 61% estavam estudando e 83% trabalhando (a maioria como jovem aprendiz).

Lançamento da pesquisa

O lançamento do Caderno São Paulo da pesquisa “Juventudes e pandemia: e agora?” foi realizado no dia 3 de novembro, no Centro Cultural São Paulo, durante o 3º Evento Anual do GOYN SP, coalizão articulada pela UWB para promover a inclusão produtiva das juventudes das periferias da cidade. O encontro reuniu mais de 100 pessoas dos diferentes setores sociais.

Na ocasião, Marcos Barão, presidente Conselho Nacional da Juventude do Brasil (Conjuve), apresentou os principais dados e mediou o painel para falar sobre perspectivas e ações que respondam aos desafios trazidos pelas evidências. Participaram dessa mesa Carla Francischette, do time do GOYN SP; Diogo Jamra Tsukumo, Gerente de Articulação Institucional do Itaú Educação e Trabalho; Mariana Resegue, coordenadora geral do ‘Atlas das Juventudes’ e coordenadora estratégica do Em Movimento’; Ramirez Augusto Lopes Tosta, coordenador de Políticas para a Juventude, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Cidadania e o Matheus Gastão, jovem que participou do grupo da pesquisa, morador de Cidade Tiradentes, graduando em Geografia pela Universidade de São Paulo.

O GOYN SP conta com 80 organizações em sua rede e com um Comitê Gestor formado pelas instituições Accenture, The Aspen Institute, CRS, GDI, Prudential, YouthBuild, Em Movimento, Fiesp/Ciesp, Fundação Arymax, Fundação Tide Setubal, Instituto Coca-Cola, Itaú Educação e Trabalho, Pepsico e Vocação.
Para saber mais e fazer parte desse movimento, acesse: https://goynsp.org/

Parceria com Fundação Lenovo promove a inclusão de jovens e universitários de escolas públicas no universo STEAM

As profissões do futuro são um desafio presente. Com os avanços da tecnologia, o mercado de trabalho tem vivenciado a falta de mão de obra especializada para postos que exigem habilidades tecnológicas apuradas. Somente no setor de TI, o Brasil terá 530 mil vagas de trabalho até 2025 não preenchidas, de acordo com Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). Ações que inspirem e preparem jovens para ocuparem esses lugares no curto e médio prazo são urgentes e essenciais.

Pensando nisso, a United Way Brasil se uniu à Fundação Lenovo, braço de filantropia da fabricante, e ao Social Brasilis para proporcionar uma aprendizagem diferenciada, rumo ao futuro. Por meio do Programa Juventudes STEAM, 101 jovens de escolas públicas e cerca de 40 alunos e professores universitários das cidades de Fortaleza e Itapipoca, ambas no Ceará, estão desenvolvendo habilidades 4.0 e competências digitais para fortalecer conceitos como cidadania e visão crítica com o objetivo de construir soluções para problemas cotidianos. 

O projeto usa a Ciência, a Tecnologia, as Engenharias, a Arte e a Matemática (STEAM- Science, Technology, Engineering, Art, Mathematics) nesse processo de construção, sendo a Arte uma importante aliada dos conceitos exatos e racionais para potencializar as competências socioemocionais, como o pensamento cognitivo, criativo e prático, fomentando um olhar integral sobre as juventudes. 

Para Alice Damasceno, Head de Filantropia da América Latina da Fundação Lenovo, a combinação de educação em STEAM com desenvolvimento de habilidades socioemocionais é importante para empoderar os jovens a irem além. “Investir na educação de qualidade para jovens é investir no futuro, e isso não se restringe à qualificação técnica. Os estudantes de hoje serão as pessoas que amanhã resolverão os nossos problemas mais urgentes, contribuindo para o crescimento cultural, econômico, científico e social da sociedade”, afirma.

Outro aspecto importante do projeto é a utilização de resíduos sólidos para a construção de soluções, reforçando a importância da consciência ambiental como um aspecto inerente à formação de cidadãos responsáveis pela sustentabilidade do planeta. 

O projeto está em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orienta a importância de as escolas apoiarem os estudantes no desenho de seus projetos de vida. Nesta edição do Programa Juventudes STEAM, um time de 34      colaboradores da Lenovo Brasil assumiu o papel de mentores dos estudantes para orientá-los no seu projeto de vida e nos desafios técnicos com os trabalhos a serem desenvolvidos a partir da metodologia STEAM.     

“Percebi que eles agora têm uma nova perspectiva sobre educação, confiança na sua capacidade de alcançar objetivos e sonhos. Mal posso esperar para participar novamente e expandir cada vez mais o acesso a novas perspectivas através da educação”, comentou Pedro Augusto de Carvalho, mentor voluntário e colaborador da Motorola Product Marketing Manager.

A mentora voluntária Ana Luisa Florêncio, Gerente de Desenvolvimento de Software da Motorola, afirma que “o processo de mentoria é sempre muito importante para ajudar a moldar e acelerar o nosso desenvolvimento profissional e pessoal. Para mim, ser uma mentora nesse programa é muito gratificante, pois posso usar meu tempo e minha experiência para auxiliar adolescentes na definição dos seus projetos de vida, e ainda consigo aprender muito com as diferentes perspectivas de cada participante.” 

Aprendizagem mão na massa

Para desenvolver as habilidades pretendidas, o programa propõe aos jovens e seus professores desenhar um protótipo para solucionar um problema social enfrentado pela comunidade escolar e/ou pelo território. Durante essa construção, os jovens utilizam o pensar crítico, o trabalho em equipe, a oratória (pitch), especialmente quando apresentam o protótipo para uma banca de mentores-avaliadores. Depois dessa etapa, os participantes podem ser encaminhados para formações complementares, programas de aceleração e outras atividades importantes à sua formação integral. 

Dentre alguns protótipos que já foram pensados a partir do STEAM, estão soluções para a falta de acesso à água encanada e ao saneamento básico, problemas que impedem a aprendizagem na escola (infraestrutura, por exemplo), saídas para manejo do solo, opções para ampliar ofertas de trabalho e renda, dentre outros.  

Equidade de gênero como foco

A iniciativa tem também o objetivo de despertar nas jovens mulheres o interesse pelas carreiras STEAM, buscando ampliar a participação delas em postos de trabalho, comumente ocupados pelos homens. Na turma de Fortaleza, com 41 jovens, 33 são mulheres, todas interessadas e com vontade de aprender e progredir.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres representam, nas universidades, apenas 35% dos estudantes matriculados em STEAM. O porcentual é ainda menor nas engenharias de produção, civil e industrial, e em tecnologia: não chega a 28% do total. Já se sabe que a equidade de gêneros nas carreiras STEAM pode trazer mais equilíbrio, criatividade, inovação e crescimento para a humanidade.

Ágata, estudante da EEEP Comendador Miguel Gurgel, de Fortaleza (CE) está empolgada com o programa: “Na primeira aula eu já gostei muito e achei interessante esse mundo novo, da robótica, que é e será bastante utilizada, especialmente no futuro. O programa ajuda alunos e professores a se integrarem nesse novo mundo.”

A iniciativa vai ao encontro dos objetivos da UWB para investir na potência das novas gerações de brasileiros, apoiando soluções inovadoras que favoreçam a inclusão e diversidade das juventudes em contextos até então excludentes. É dessa forma, e ao lado de instituições e empresas parceiras, que iremos avançar como sociedade e como país.

Sobre a Lenovo  

A Lenovo (HKSE: 992) (ADR: LNVGY) é uma gigante global de tecnologia, classificada em 171º lugar na Fortune Global 500 com receita de US$ 70 bilhões, com 75 mil funcionários em todo o mundo, atendendo milhões de clientes em 180 mercados em todo o mundo. Focada em uma visão ousada para oferecer tecnologia mais inteligente para todos, a Lenovo construiu seu sucesso como maior player de PCs do mundo, expandindo-se para novas áreas-chave de crescimento incluindo armazenamento, mobile, servidores, soluções e serviços. Essa transformação em conjunto com a inovação de mudança de mundo da Lenovo está construindo uma sociedade digital mais inclusiva, confiável e sustentável para todos, em todos os lugares. Para saber mais, visite o site da Lenovo e leia sobre as últimas notícias no StoryHub.

Evento do GOYN SP debate a inclusão produtiva de jovens como pauta da agenda ESG

Cerca de 40 lideranças do setor privado, de organizações sociais, parceiros, membros da equipe do GOYN SP e jovens-potência reuniram-se no dia 21 de junho para discutir caminhos que, de um lado, incluam produtivamente as juventudes periféricas e, de outro, fomentem a causa como alavanca para essa agenda.

O evento “Como fortalecer a agenda ESG através da empregabilidade dos jovens-potência” foi realizado na última terça-feira (21) pelo GOYN SP, movimento internacional liderado pelo Aspen Institute e que, no Brasil, é articulado pela UWB. “Temos de atuar coletivamente. Ninguém muda nada sozinho. Estamos aqui para unir o jovem que quer trabalhar, mas não consegue acessar as oportunidades produtivas, e as empresas, que têm demandas para formar suas equipes, mas não conseguem chegar a esses jovens”, ressaltou Gabriella Bighetti, diretora-executiva da UWB, na sua fala de abertura.

Na primeira parte do evento, Roberto Rossler, gerente de sustentabilidade da Accenture, trouxe o ponto de vista da empresa sobre a causa da inclusão produtiva de jovens-potência, após ouvir stakeholders do mercado de empregabilidade jovem. O objetivo do compilado de insights é apoiar o GOYN SP a fortalecer e acelerar sua estratégia de inclusão produtiva das juventudes junto às corporações, com foco na agenda ESG.

“No mundo e no Brasil, as agências reguladoras têm cobrado das empresas práticas de um capitalismo responsável, que gere valor agregado para todos e não só para os acionistas. As corporações têm sido obrigadas a reportar suas performances em ESG. ESG não é uma ameaça, é uma oportunidade”, explicou Roberto, na introdução de sua explanação.

Segundo ele, diversidade e inclusão são dois temas fortalecidos na pandemia e há evidências contundentes de que a diversidade da força de trabalho gera valores tangíveis para os negócios. Por exemplo, empresas que contratam talentos ocultos, incluindo jovens-potência, estão 36% menos propensas a enfrentar a escassez de profissionais com aptidões diferenciadas.

Políticas corporativas que promovam ações de diversidade e inclusão favorecem a taxa de retenção em contratações de impacto, que é de 87,5%, ou seja, 26% maior do que o padrão, gerando economias no recrutamento, integração e desenvolvimento. Outro dado é que uma cultura de equidade e inclusão impulsiona dez vezes mais a inovação do que o aumento salarial.

“Importante ressaltar que 1,5 trilhão de dólares é a quantidade de recursos deixada na mesa quando os funcionários não se sentem incluídos, o que leva, consequentemente, a uma menor produtividade”, reforçou Roberto.


Desafios e oportunidades sobre diversidade e inclusão

Com base nas escutas e conversas trazidas pela Accenture, foram percebidas como principais barreiras para a entrada dos jovens-potência no mercado, a dificuldade das empresas em controlar dados sobre diversidade e inclusão; metas de diversidade e inclusão pouco claras e não desdobradas nas diferentes áreas da corporação; metas de inclusão e de alta performance desconectadas, levando à escolha de profissionais mais experientes para os postos de trabalho; capacitações oferecidas que não atendem às expectativas e aos interesses dos jovens-potência; e formações e vagas pouco claras divulgadas em canais que não chegam nos jovens.

Para superar tais desafios, Renato propôs alguns caminhos que podem ser adotados pelas corporações, como garantir que os temas diversidade e inclusão estejam conectados ao core da estratégia corporativa; combinar os indicadores de performance com o phase-in de jovens-potência, que costuma ter em outro tempo; ter em mente que o perfil desses jovens varia de acordo com a localização geográfica, assim como as qualificações necessárias para ingressar nos mercados de trabalho locais. “E por fim, para que a transformação ocorra na escala e na velocidade necessárias, as empresas precisam cobrar de seus fornecedores um olhar mais atento em relação aos temas diversidade e inclusão”, finalizou Renato.


Mesa de diálogo sobre inclusão produtiva

Na segunda parte do evento, lideranças empresariais e de instituições voltadas à inclusão e aos jovens-potência se reuniram para falar como veem as questões trazidas pela Accenture sob a perspectiva de suas organizações.

Tatiane Shirazawa, vice-presidente do ecossistema Great Place to Work Brasil, contou que será criado um destaque nos rankings promovidos pela empresa para reconhecer corporações que implementem iniciativas para incluir e promover a permanência dos jovens-potência no mundo do trabalho. “Queremos apoiar o GOYN nesse estímulo ao mercado”, afirmou.

Para Luiz Eduardo Drouet, presidente da ABRH-SP, “a inclusão produtiva é uma oportunidade prática, o melhor tema da agenda ESG, porque percorre toda a organização”. Ele lembrou que muitas empresas têm vagas não preenchidas por falta de mão de obra qualificada, um contrassenso em um país onde milhões estão desempregados, dentre eles os jovens.

“A inclusão do jovem-potência tem de acontecer na prática. É como músculo. Praticamos esticando, elevando a barra, com ações que tenham sinergia com o negócio”, colocou Leonardo Framil, líder na América Latina da Accenture e membro do Conselho Deliberativo da UWB. 

Ana Luiza Jardim Andrade, ex-jovem-potência do Núcleo Jovem do GOYN SP, que também participou do diálogo, contou sua experiência: “O GOYN me mostrou que eu sou potente. Na minha volta ao mercado, a empresa que me contratou não me viu como uma jovem periférica, mas como uma jovem que precisa de formação para se desenvolver e que pode contribuir muito”.

“As empresas precisam se conectar com a formação dos jovens, corresponsabilizar-se por ela. Existem dificuldades nas contratações por conta de lacunas técnicas e de competências socioemocionais das juventudes. E o que escutamos na outra ponta, dos jovens, é que as escolas pouco os preparam para o mercado. As empresas precisam apoiar o processo de formação”, expôs Cacau Lopes da Silva, gerente de implementação e desenvolvimento do Itaú Educação e Trabalho.

Para encerrar o diálogo, o jovem-potência e embaixador do GOYN, Paulo Vinicius, ressaltou a importância do tratamento que é dado aos jovens na contratação e retenção. “Se a empresa responder à altura, lapidar o jovem, ele também vai responder à altura e atender às expectativas que se tem sobre ele”, concluiu.


O GOYN SP está aberto a qualquer empresa que queira integrar a coalizão para trabalhar ações e políticas que promovam a inclusão produtiva das juventudes periféricas de São Paulo.

Empresas: precisamos falar sobre formação de jovens-potência!

Muitas corporações não empregam jovens da periferia porque acreditam que a falta de experiência e de qualidade da educação formal recebida podem ser um fator negativo. Outras ainda esbarram em questões de CEP (distâncias geográficas), raciais e de gênero, aspectos excludentes, injustos e retrógrados, aliás.

A questão é que jovens-potência são quase a maioria em grande parte do país. Só em São Paulo, temos 700 mil que estão sem trabalho e sem oportunidades para estudar. Não é difícil deduzir qual será o futuro dessa população se nada for feito para prepará-los e incluí-los produtivamente – e o impacto dessa negligência no desenvolvimento socioeconômico.

Jovens-potência têm de 15 a 29 anos, possuem capacidade para se desenvolver, vontade de transformar suas vidas e seu entorno. Enfrentam um contexto de desigualdades e racismo sistêmico, que dificulta o acesso às oportunidades formais de trabalho e de estudo, colocando-os em situação de vulnerabilidade social.

Felizmente, uma parte das empresas resolveu assumir a causa da inclusão produtiva das juventudes periféricas. No lugar de não selecionar e não contratar jovens das quebradas, elas criaram estratégias para apoiar sua formação. Esse é o pulo do gato para quem tem visão de futuro e reconhece a potência daquelas e daqueles que vivem nos arredores dos grandes centros, com muita vontade de aprender e com habilidades essenciais para a vida profissional, como resiliência, criatividade, motivação, dentre tantas outras.


A sua empresa contrata jovens-potência?

A formação de jovens é o ponto de partida para garantir que se tornem profissionais competentes em todos os níveis (do técnico ao relacional). Logo, criar oportunidades para oferecer conhecimento e aprendizado às juventudes é meio caminho andado nesse sentido.

Mas não é preciso começar do zero. A empresa pode buscar o apoio de instituições de ensino e organizações sociais que atuam com juventudes em situação de vulnerabilidade. Mas é bom ficar atento para saber se os conteúdos dos cursos oferecidos por essas instituições respondem às demandas e à realidade do mercado. Lembre-se que cada território tem sua vocação econômica, por isto, a formação precisa ser contextualizada.

Outra dica é a corporação criar oportunidades de formação para jovens-potência do seu entorno, o que diminui barreiras de deslocamento e contribui ao desenvolvimento local. Escolas públicas são uma ótima opção para isso.

Aderir ao programa Jovem Aprendiz é outra possibilidade, assim como apoiar modelos acessíveis de ensino técnico e profissionalizante para aumentar a preparação das juventudes para o mercado de trabalho.

E quando os jovens estiverem em formação, garantir uma bolsa-auxílio é fundamental, evitando abandonos por conta da necessidade de trabalhar para ajudar no sustento de suas famílias. Também é bom lembrar que jovens-potência muitas vezes não têm acesso à internet ou, se têm, ele é precário. Por isso, oferecer essa estrutura para frequentar cursos a distância se torna essencial aos avanços desses jovens.

Formar jovens-potência para o mundo do trabalho não só é possível como necessário. Na crise pós-pandemia, fica cada vez mais clara essa urgência. A taxa de desemprego entre jovens brasileiros é de quase 30%. Em São Paulo, ela chega a 35%.

O GOYN SP tem atuado para reverter esse quadro, por isso reúne mais de 70 jovens, organizações e empresas para criar e implementar soluções que promovam a inclusão produtiva das juventudes das periferias. Sua empresa pode fazer parte dessa rede. É só entrar em contato conosco: ofuturoejovem@uwb.org.br

No 1º Café GOYN SP de 2022, engajamento é a palavra-chave!

Cerca de 45 pessoas de 24 organizações marcaram presença no 1º Café GOYN SP de 2022, quando foi apresentado o plano estratégico para o ano. O objetivo, além de compartilhar as ações pensadas para promover a inclusão produtiva de 100 mil jovens-potência da cidade de São Paulo, até 2030, foi engajar novas instituições e ampliar o impacto das iniciativas.


Mas, antes de começar os diálogos, os participantes expressaram, por meio de uma palavra, o que esse momento, do Café GOYN, tem a celebrar:

Evolução, conexões, vida, felicidade, saúde, resiliência, trocas, esperança, presença, potência, consciência, colaboração, apoio, resistência, inspiração, recomeço, oportunidade, empatia, juventudes, aprendizado, mudança, educação, parceria, compartilhamento, fazer junto.

Diante de uma realidade complexa desenhada pela pandemia e pelo momento histórico do país, tais palavras refletem o propósito compartilhado de gerar mudanças sistêmicas e sustentáveis para que as juventudes periféricas conquistem seus espaços sociais e profissionais.


PLANO ESTRATÉGICO PARA 2022

A atuação do GOYN SP para gerar inclusão produtiva de 10 mil jovens, a cada ano (100 mil até 2030), está pautada nas oportunidades reais de profissões de futuro, ou seja, aquelas cuja demanda tende a crescer e que estão relacionadas à vocação e às aspirações das juventudes periféricas, nas áreas das economias digital, criativa e verde. As duas últimas terão especial atenção da rede colaborativa do GOYN SP, em 2022, com realização de estudos e pesquisas para entender essas frentes e criar soluções que possam contemplá-las.

Além disso, as iniciativas de inclusão em 2022 irão priorizar jovens mulheres e jovens negres, que representam 70% das (os) jovens-potência da maior metrópole do país.

As estratégias estão pautadas sob três escopos, considerando desafios a serem superados para garantir que as juventudes periféricas ocupem seus espaços no ecossistema produtivo: estratégia GOYN no território (por meio de edital, investir em soluções que aproximem os jovens de profissões de futuro; acompanhar e apoiar 18 coletivos de jovens por meio do Micro Fundo para Jovens Inovadores), estratégia GOYN no mercado (atuação junto às empresas para gerar 3 mil oportunidades de empregabilidade e desenhar práticas mais inclusivas ao perfil de jovens-potência; criação de uma agenda de influência por meio da mobilização de C-Levels e entidades de classe) e intervenções “meio” (Ampliar modelo de plataforma de empregabilidade do Digitalis, removendo barreiras na intermediação entre empresas e juventudes), além de atividades transversais para avançar com os pilares do impacto coletivo (formação de lideranças juvenis sobre a temática da inclusão produtiva; realização de estudos, pesquisas e evidências).


ENGAJAMENTO E AMPLIAÇÃO DA REDE

No terceiro momento do Café GOYN SP, os representantes das diferentes instituições participantes se dividiram em salas para dialogar sobre as ações de cada escopo (território, mercado e “meio”), levantando dúvidas, além de colocarem suas expectativas, suas “dores” e compartilhar o que suas organizações têm a oferecer para que as estratégias sejam implementadas de forma coletiva e colaborativa.

Para formalizar a cooperação mútua, todos preencheram um formulário especificando seus interesses e formas de participação na rede GOYN SP. Tal engajamento é um grande passo para a realização de objetivos comuns pela inclusão produtiva das juventudes em um contexto pós pandemia, repleto de obstáculos, mas, ao mesmo tempo, recheado de oportunidades e soluções concretas que se tornarão possíveis a partir de uma atuação embasada na metodologia do impacto coletivo.

O 1º Café GOYN SP foi o ponto de partida para avanços e ações que farão a diferença no ecossistema produtivo da cidade de São Paulo, tornando-o mais inclusivo e amigável às juventudes periféricas.


Sua organização também pode aderir a este movimento. Venha para o GOYN SP e faça a diferença!

Juventudes fecham 2021 com planos concretos para o futuro

O programa Competências para a Vida, da United Way Brasil, encerra o ano com resultados que ampliam o otimismo e a esperança das novas gerações. Durante 2021, foram 582 jovens impactados pela formação oferecida pelo programa, que envolve diálogos com especialistas e sessões de mentorias, realizadas por colaboradores voluntários das empresas parceiras.

O Competências para a Vida ampliou a abrangência, chegando a 12 cidades de três estados: São Paulo (Campinas, Francisco Morato, Mogi das Cruzes, Monte Mor, São Paulo, Sumaré, Suzano e Valinhos); Pernambuco (Jaboatão dos Guararapes e Recife), Amazonas (Manaus) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

“O Competências para a Vida foi muito importante para mim. Consegui me sentir à vontade com os educadores. O curso nos ajuda a manter a calma e acreditar que tudo vai dar certo”

Jovem participante

Cada jovem recebeu cerca de 20 horas de formação. Só no último dos três ciclos realizados em 2021 (encerrado em dezembro), 256 jovens frequentaram as atividades propostas e puderam trabalhar as competências socioemocionais, tendo mais subsídios para desenhar seus projetos de vida, com foco na carreira profissional que querem traçar para si, nos próximos anos. 

Além dos momentos de formação, jovens participantes, em situação mais vulnerável, receberam bolsa digital para acompanhar as conversas e ter acesso a todas as propostas de interação e capacitação, que aconteceram em plataformas virtuais. Outros jovens também puderam contar com cartões-alimentação para mitigar os impactos negativos da pandemia na situação financeira de suas famílias, como Gabriel Barros (foto), jovem de Francisco Morato (SP).


Espaço de acolhimento, aprendizagem e desenvolvimento

A avaliação realizada junto às juventudes que compuseram o ciclo 3 do programa trouxe vários depoimentos que denotam a importância de iniciativas que deem aos jovens possibilidades e caminhos para encontrarem seus lugares na sociedade e no ecossistema produtivo, especialmente nessa fase da pandemia, em que as incertezas ainda prevalecem. Mais do que isso, o programa Competências para a Vida conduz as juventudes, a partir de suas realidades, ao autoconhecimento, estimulando o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.

“Ver pessoas contando suas histórias, seus medos e sonhos, como vão fazer para alcançar o que querem da vida, que vamos enfrentar desafios, mas vamos chegar ao nosso objetivo… Foram meses de aprendizado que nunca mais vou esquecer.”

Jovem participante

Ao colocá-los em contato com as experiências dos colaboradores voluntários, por meio das mentorias, os jovens percebem que essas pessoas, que hoje estão em postos de trabalho condizentes com seus sonhos e objetivos, também começaram a carreira profissional em cargos iniciais, tiveram de superar obstáculos e aproveitaram as oportunidades que encontraram pelo caminho para se desenvolverem. 

Essas trocas e identificações mútuas, sobre processos, escolhas, desejos e sonhos, é o grande legado que o programa deixa em cada jovem impactado, para que construa um projeto de vida com bases sólidas e conectadas às suas expectativas de presente e futuro.

“Eu aprendi muitas coisas sobre o mundo do trabalho e melhorei minha comunicação e timidez. Graças ao Competências, já tenho uma ideia do que quero para meu futuro.”

Jovem participante

Conheça o programa Competências para a Vida.