Live reúne empresas e jovens para dialogar sobre inclusão produtiva

Realizada pela Global Opportunity Youth Network (GOYN) do Brasil, no último dia 6, o encontro deu voz a diferentes atores do ecossistema produtivo, tendo como pano de fundo dados e evidências sobre a realidade das juventudes e as oportunidades de inclusão da cidade de São Paulo, além de propor uma ampla estratégia para unir as pontas de forma sistêmica e sustentável.

Gabriela Bighetti, diretora-executiva da United Way Brasil, abriu o evento, apresentando o Global Opportunity Youth Network (GOYN/O Futuro é Jovem, no País), sua missão, visão e os objetivos em São Paulo, uma das seis cidades dos cinco países onde o programa acontece (Colômbia, África do Sul, Quênia, Índia e Brasil).

O movimento atua pela inclusão produtiva das diferentes juventudes para que o desenvolvimento global, em todos os seus âmbitos, possa ser sustentável. Mas por que São Paulo? “De um lado, a cidade possui quase 800 mil jovens, com 15 a 29 anos, em situação de vulnerabilidade socioeconômica que estão sem trabalho e/ou sem estudos. Do outro, temos uma infinidade de projetos de fundações familiares e empresariais, políticas públicas, startups e corporações que focam essa inclusão, mas nem sempre chegam aos que mais precisam de oportunidades. O papel do GOYN é reunir todos esses atores, que têm perspectivas diferentes sobre as juventudes, ou do lado da demanda ou do lado da oferta, para uma atuação colaborativa e coletiva, a fim de provocar uma mudança sistêmica e sustentável que responda ao desafio da inserir os jovens nesse ecossistema”, explanou Gabriella.

Em cada país, o GOYN seleciona uma organização-âncora para organizar sua atuação. No Brasil, a United Way é responsável por articular os diferentes atores, com o apoio do grupo gestor e parceria com empresas e organizações. “Trabalhamos juntos desde janeiro e, até agora, articulamos 60 instituições voltadas à educação formal, empreendedorismo, rede de formação técnica e de competências socioemocionais, organizações de pesquisa, advocacy e startups. Neste momento estamos na etapa do desenho de soluções. Nosso objetivo é incluir 100 mil jovens para que a iniciativa se torne sistêmica e escalável”, complementou Gabriella.

Para Vivianne Naigerborin, Superintendente da Fundação Arymax, que compõe o grupo gestor do GOYN no Brasil, o conceito de Inclusão produtiva ganha ainda mais relevância no atual contexto e abarca a inserção por meio do empreendedorismo urbano e rural e da empregabilidade, levando em conta os mercados mais promissores e as novas relações profissionais. “Um amplo estudo que a Fundação realizou no ano passado, em parceria com o Instituto Veredas, mostrou que temos hoje a maior força jovem disponível na história do País e que é preciso apoiar o jovem antes, durante e após a inserção, o que inclui métodos adequados de seleção e recrutamento, formação conectada à realidade das juventudes e detecção de talentos”.

Vagas que sobram versus alta do desemprego: dicotomia das desigualdades

Leonardo Framil, CEO da Accenture da América Latina, que também integra o grupo gestor, reforçou a importância dos dados e evidências para a tomada de decisões sobre o tema. Ampla pesquisa realizada pela Accenture detectou informações importantes que têm embasado as estratégias da ação em São Paulo. A cidade possui 2.7 milhões de jovens na faixa de 15 a 29 anos, com cerca de 810 mil em situação vulnerável, sendo que pouco mais de 47 mil estão empregados e têm nível superior completo. Pouco menos de 800 mil jovens estão sem trabalho e/ou sem estudo, sendo 70% deles moradores de bairros nos extremos leste e sul da cidade e 20% responsáveis pelos seus domicílios.

“Quando verificamos o perfil do primeiro emprego, temos uma preocupação adicional: grande parte desses jovens inicia a carreira em vagas impactadas pela automação. Esse dado é mais um fator que reforça o senso de urgência em atuar pela inserção desses jovens. Em contrapartida, as carreiras que mais aumentaram as demandas estão focadas na tecnologia, especialmente no pós-pandemia, mas não são as mais acessadas pelos jovens. Temos vagas que sobram, enquanto o desemprego permanece, porque não existe mão de obra especializada para preenchê-las. Essa dicotomia vai aumentar e se potencializar caso não ajamos coletivamente”, reforça Framil.

Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil, trouxe dados da iniciativa mundial, lançada pela ONU, em 2018, Generation Unlimited  (Um Milhão de Oportunidades, no Brasil), para corroborar a importância de se investir em ações coletivas que promovam uma mudança sistêmica de inclusão e permanência do jovem no mundo produtivo. Para ela, crianças e jovens são vítimas ocultas da pandemia e irão sofrer consequências de curto, médio e longo prazo por causa, por exemplo, do fechamento das escolas, que amplia o risco da evasão, assim como a falta de acesso à internet para manter os estudos a distância.

“É o momento-chave para garantir oportunidades de formação, educação formal, trabalho, inclusão digital. Por isso, o movimento Um Milhão de Oportunidades criará uma plataforma virtual para reunir, no mesmo espaço, quem busca a oportunidade e quem a oferece”, explica Florence.

Unir pontas para trabalharem juntas

Na última parte, o evento promoveu o diálogo entre as pontas do ecossistema produtivo. Ana Inez Eurico (28 anos) e Henrique Medeiros (20 anos), participantes do Núcleo Jovem do GOYN, compartilharam suas experiências e desafios. “A primeira questão é a do transporte, as distâncias. Sendo mãe, negra e da periferia, o recorte ainda é maior, como mostram as estatísticas. Como mãe, preciso acordar mais cedo, organizar a rotina dos meus filhos, além de pensar na volta do trabalho e na logística com as crianças. Outro aspecto são os estereótipos e o preconceito, como o de que a mulher negra da periferia é barraqueira, se veste mal, não tem postura. Na entrevista de emprego – aconteceu comigo – a gente se coloca de uma forma que quebra esses paradigmas e as pessoas se chocam. Isso é muito ruim em vários sentidos. Hoje vejo a inserção produtiva a partir de várias perspectivas, tanto como aluna de projetos e educadora social como participante da construção e viabilização de iniciativas de inserção”, comenta Ana.

Henrique ressaltou a potência dos coletivos e de como os territórios podem atender várias demandas das empresas. “Dados da Aliança Bike que mostram que 75% dos entregadores de aplicativos em São Paulo tem até 27 anos e 40% destes só cursaram o ensino fundamental, questões estruturais importantes para nos atentarmos. Os coletivos têm um grande papel nesse contexto, porque são espaços que nos ajudam a sonhar e viabilizar projetos. Com todo o avanço digital, o jovem não precisa mais perder duas horas para chegar ao trabalho. Temos nas periferias coletivos de educação, de comunicação, de designer, por exemplo. Podemos suprir muitas demandas das empresas com qualidade”, reforça.

Juliana, CEO da P&G no Brasil, acredita que este momento é um divisor de águas e, embora a crise sanitária e econômica traga uma pressão maior para a juventude em situação de vulnerabilidade, pode, também, gerar oportunidades, porque, segundo ela, a pandemia sensibilizou a sociedade e as empresas como nunca aconteceu antes.  “Na P&G, por exemplo, reconhecemos que ainda não temos a diversidade racial necessária em nossos escritórios. Grande parte das pessoas negras e pardas mora nas periferias, mas a tecnologia tem ajudado muito a aproximá-las. Os processos de recrutamento presencial eram uma primeira barreira para esses jovens. Durante a pandemia, mais do que dobramos a presença desses jovens nas seleções virtuais. Vimos que o inglês e outras questões estavam atrapalhando a inserção dos jovens. Criamos o programa P&G pra Você, que oferece curso de inglês e mentoria. Os resultados são excelentes e trazem benefícios a longo prazo para os jovens e para a empresa. É um exemplo simples que traduz uma parte do trabalho do GOYN, em garantir diversidade e equidade na inserção produtiva, o que é muito estratégico para nós. Esforços como esse podem me dar as pontes de contato e me fazer conhecer barreiras que eu não sabia que existiam para encontrar saídas que garantam a inserção produtiva dos jovens”, concluiu Juliana.

O GOYN no Brasil (O Futuro é Jovem) é gerido pelas seguintes instituições: Accenture, Em Movimento, Fundação Arymax, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Coca-Cola Brasil, J.P. Morgan e United Way Brasil (parceiro-âncora).

Confira a live completa no link: https://www.youtube.com/watch?v=zMAWasdzTos&t=22s
Faça parte do GOYN: daniela@uwb.org.br
Saiba mais: https://uwb.org.br/o-que-fazemos/goyn/

Famílias interagem com especialistas em live sobre pandemia e comportamento da criança

No dia 24 de setembro, a convite do programa Crescer Aprendendo, da United Way Brasil, Alexandre Coimbra, Daniel Becker e Maria Beatriz Linhares dialogaram sobre como os pais podem apoiar seus filhos neste momento da pandemia, sem perder de vista os limites, o uso moderado das telas e a calma com os comportamentos adversos das crianças.  

“Cuidar das crianças em tempo de pandemia: o papel da família” foi a primeira de uma série de lives que serão realizadas pelo programa Crescer Aprendendo, de primeira infância, da United Way Brasil.

A inciativa faz parte da estratégia de formação de quase 3 mil famílias em situação vulnerável de 12 cidades, em 4 estados, que recebem conteúdos diários sobre desenvolvimento infantil, por meio de grupos no WhatsApp.

Durante o evento, temas como a flexibilização com relação a limites e rotinas no isolamento social, eventos de birra e irritabilidade, briga entre irmãos, a forma como regular as emoções das crianças e dos adultos permearam a discussão. 

O estresse e cansaço dos pais e cuidadores também foram abordados com dicas de como não perder a paciência quando a criança tem um comportamento inadequado: sair de cena, respirar fundo, pensar um pouco e voltar mais calmo, chamando ao diálogo.

“As crianças podem não ter sido impactadas pela doença do vírus, mas foram impactadas em cheio no lado emocional. Elas estão sofrendo. Elas precisam brincar ao ar livre, perderam o contato com os amigos, com a escola. A gente pode falar com outro adulto para compartilhar nossas angústias. As crianças, não. Elas não conseguem se expressar. E aí regridem, voltam a fazer xixi na cuequinha ou calcinha, comem demais, ou não querem comer, sentem cansaço, fazem birra… Comportamentos que expressam o medo que está dentro delas. Primeira coisa é acolher essa criança. Ela pode e tem direito de sentir raiva, porque, no fundo, essa raiva é a angústia que ela sente. Brigar com ela não adianta. Nós somos os adultos. Nós podemos nos controlar, mesmo com raiva também. A melhor maneira de curar tudo isso é brincar e, se possível, ao ar livre”, explica o pediatra Daniel Becker.

Sobre a agressividade, especialmente entre irmãos, Beatriz Linhares explica: “Se a criança tem dois anos e está ali disputando um brinquedo, isso se chama agressividade instrumental. Os adultos têm um papel importante para ensinar a criança a compartilhar, a ser cooperativo. Mas a criança maior pode ter uma agressividade mais hostil, de querer agredir para machucar. De novo, os pais também têm um papel importante nesse momento, porque é hora de ensinar a se relacionar, mediando esse processo que a criança está exercitando. Aprender a se colocar no lugar do outro”.

Não rotule a criança

Uma das questões trazidas pelo público foi sobre a inquietação das crianças, que nesta fase estão mais agitadas e não param nunca, deixando os pais sem saber o que fazer. A agitação pode estar ligada à angústia que a criança sente com toda a situação atual. Alexandre Coimbra reforça que “muitas vezes queremos entender as angústias da criança e dar conta delas. É muito difícil que a gente entenda, o que gera angústia na gente. Por isso, não devemos guardar as nossas angústias. É importante buscar pessoas perto de você que você acha que podem te ajudar a entender seu filho, a não julgar seu filho, a não colocar um rótulo no seu filho, porque, na hora que a gente resolve uma angústia  com um rótulo – ‘ele é danado’, ‘ele é preguiçoso’ –, quando a gente coloca esses rótulos, a gente deixa de escutar a criança, a gente perde a curiosidade de entender que pessoa é aquela e o que está acontecendo com ela”. 

Durante uma hora, os especialistas puderam levar às famílias do programa e demais internautas informações importantes para qualificar a relação familiar, dentro de um contexto tão complexo imposto pela pandemia.

A interação do público com perguntas e comentários, tanto na página da United Way Brasil no Facebook como na do YouTube, mostrou não só o interesse pelo tema, mas como essas famílias precisam e querem apoio para zelar pelo desenvolvimento de seus filhos. Também denotou que elas se sentiram contempladas pelo evento, foram escutadas e puderam falar de suas dores, justamente porque os especialistas esmiuçaram questões cruciais de suas relações com seus filhos e filhas.

Durante a transmissão, 550 pessoas assistiram a live, sendo que, no Facebook, mais de 3.700 pessoas foram alcançadas, com 941 visualizações e 426 comentários. No YouTube, a live teve 2.500 visualizações.

O evento contou com o apoio das empresas parceiras do programa Crescer Aprendendo, Ecolab, Lear, O-I, P&G, Phoenix Tower e 3M.

Para assistir ou rever a live, é só clicar em um dos links:

Facebook: https://www.facebook.com/unitedway.brasil/videos/2387819868180610

YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=yXt8Jtd8QO0&t=28s

O papel do setor privado no desenvolvimento da primeira infância

Evento realizado pela United Way, Unicef, Eearly Childhood Development Action Network (ECDAN) e Open Society Foundations trouxe soluções e ideias de como o setor empresarial pode apoiar o desenvolvimento infantil, especialmente em situações complexas como a da pandemia mundial gerada pela Covid-19. 

O evento “Setor Privado e o Investimento na Primeira Infância”, realizado no dia 13 de agosto, reuniu mais de 100 pessoas de diferentes países para refletir sobre as demandas atuais e emergenciais que possam atender crianças de 0 a 6 anos e suas famílias em situação de vulnerabilidade social. Sobretudo, os painelistas pontuaram ações concretas que o setor privado vem realizando, assumindo a corresponsabilidade pelo desenvolvimento infantil integral. 

A realidade, especialmente na América Latina, é que, embora seja perceptível a crescente importância dada à primeira infância, a demanda por recursos adequados para atender gestantes e crianças de 0 a 6 anos nem sempre tem sido atendida pelo setor público. Por isso, fica cada vez mais evidente o papel do setor privado como financiador dos investimentos necessários ao bem-estar da primeira infância, assim como seu papel fundamental na gestão e criação de iniciativas que promovam boas práticas nas comunidades, famílias e corporações.

Eduardo Queiroz, Diretor Regional da United Way na América Latina, ressaltou a prática desenvolvida há mais de 130 anos pela organização mundial em trabalhar com o setor privado. Tal prática, segundo Eduardo, tem trazido ótimos resultados nos países latino-americanos, possibilitando que as famílias, especialmente em situação vulnerável, recebam formação e benefícios para favorecer o desenvolvimento pleno de suas crianças.

Yanning Dussart, coordenador do escritório do Unicef para o Caribe e América Latina, reforçou que empresas e indústrias podem apoiar o Estado e também impactar positivamente a primeira infância atuando com seus colaboradores, por meio de políticas internas; com as comunidades onde estão inseridos; com fornecedores e clientes, ou seja, influenciando todo o seu ecossistema.

Elizabeth Lule, da ECDAN, lembrou que em momentos de crise, a parceria entre o setor público e privado sempre favorece o enfrentamento dos grandes desafios, portanto, potencializá-la, no que diz respeito à primeira infância, é um caminho possível, com bons resultados.

O que dizem as empresas

Eva Fernandez, Gerente de Primeira Infância da Fundação FEMSA, braço social da empresa FEMSA, no México, acredita que investir na primeira infância é a melhor estratégia para uma empresa, porque gera valor econômico e social simultaneamente. Ela parte do pressuposto que as corporações só são bem-sucedidas quando se vinculam à sua comunidade e aos seus colaboradores, sendo a causa da infância um dos aspectos mais importantes na vida desses públicos. 

A gerente compartilhou três frentes de atuação da Fundação para contribuir com a primeira infância: comunidades resilientes (apoio a famílias para o desenvolvimento socioemocional de adultos e crianças); espaços públicos seguros e com foco na infância, realizados em parceria com organizações aceleradoras e start up, tendo a inovação e a escalabilidade como fatores principais; e famílias de apego, com ações voltadas às regiões em conflito para fortalecer vínculos dessas populações com suas crianças. Além disso, a Fundação realiza seminários para capacitar o funcionalismo público sobre o tema da primeira infância e tem atuado para a construção de uma agenda regional e de país, em articulação com outras instituições privadas e públicas.

Já na Colômbia, Cristina Gutierrez, Diretora Executiva da United Way local, explicou que o trabalho em parceria com empresas e setor público tem foco na diminuição da defasagem escolar, desde a primeira infância, e na melhoraria dos serviços oferecidos às crianças nessa etapa da vida. A metodologia para gerar resultados amplos e sustentáveis é a do impacto coletivo, com ações sistêmicas e acordadas entre os envolvidos, sempre pensadas com base em evidências. Para que o sucesso seja alcançado, Cristina indica cinco tópicos a serem perseguidos conjuntamente pelos parceiros: agenda comum; compartilhamento de ferramentas; ações de apoio mútuo com aprendizagem contínua; comunicação efetiva e permanente; e a definição de um comitê gestor para administrar a ação. 

Grácia Fragalá, Vice Presidente do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), falou sobre o trabalho que sua área realiza para que as empresas associadas à Fiesp integrem as questões sociais na gestão dos negócios, com base na Agenda 2030 da ONU. No que diz respeito à primeira infância, promove workshops com as lideranças, que formam o grupo de embaixadores e investidores da causa. Também ressaltou a criação de um guia, realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e United Way Brasil, voltado ao empresariado, que será transformado em uma plataforma digital aberta e gratuita. Nela estarão várias experiências de diferentes corporações voltadas ao desenvolvimento infantil, para seus públicos interno e externo, que podem ser adotadas e customizadas por empresas de diferentes portes. Para ela, as empresas e as indústrias têm papel fundamental no enfrentamento das desigualdades sociais, que já começam na primeira infância.

Carolina Crosta, Coordenadora de Negócios da Telefônica Movistar, na Argentina, trouxe várias contribuições sobre o papel das empresas no desenvolvimento da primeira infância, com base na experiência da corporação, cujo foco é implementar políticas e práticas internas que viabilizem que pais e mães colaboradores possam conciliar suas vidas pessoal, familiar e profissional, sem prejuízo à convivência e aos vínculos que devem estabelecer com seus filhos. 

Para ela, levar a corporação a se configurar como um benchmark de atuação pela primeira infância é uma estratégia para ampliar os esforços e a motivação de se dedicar à causa e fortalecer a marca.

Como colaboração ao público interno, Carolina reforça a importância de as empresas terem claras as agendas sociais locais, suas demandas, definindo o que fazer e que recursos aportar para respondê-las.

O encontro virtual foi articulado conjuntamente pelo Unicef, Eearly Childhood Development Action Network (ECDAN), Open Society Foundations e United Way.

Campanha quer engajar pessoas e empresas nas causas da primeira infância e juventude

A United Way Brasil lança o Relatório de Atividades do primeiro semestre com campanha para ampliar a abrangência de sua atuação junto a crianças e jovens.

O Relatório 2020 – Jan-Jun traz as realizações coletivas empreendidas pela United Way Brasil e seus parceiros, no primeiro semestre.

O destaque são as ações emergenciais de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica para o enfrentamento da Covid-19 e a realização da primeira live internacional “Desigualdades e pandemia”, com a participação de Graça Machel, uma das maiores ativistas negras do mundo, e o apresentador, empreendedor e filantropo Luciano Huck.

O documento traz, também, os primeiros resultados do ano dos programas Crescer Aprendendo (focado na primeira infância) e Competências para a Vida (voltado aos jovens), que migraram para o formato digital, respondendo às demandas do distanciamento social, causado pela pandemia. Participantes das iniciativas compartilham, nas páginas do relatório, depoimentos sobre essa nova experiência e os impactos em suas vidas.

Juntos podemos mais

A publicação marca o início de uma campanha de captação de recursos para ampliar o atendimento às famílias e aos jovens nesta fase de ampla crise. Até o final do ano, a expectativa é atender 5 mil famílias com crianças de 0 a 6 anos, por meio do Crescer Aprendendo, e mil jovens que necessitam de apoio para construir seus projetos de vida (Programa Competências para a Vida). 

A campanha, que conta com a parceria de empresas, envolve todo o ecossistema das corporações, com diferentes etapas de sensibilização e conscientização sobre a importância das causas para o enfrentamento das desigualdades sociais.

Peças de comunicação especialmente pensadas para a ação convidam desde os executivos e os colaboradores até a população em geral a participarem da campanha. As peças são disseminadas pelas ferramentas de comunicação interna e externa das corporações e pelas páginas da United Way Brasil nas redes sociais.

Esse amplo movimento tem como objetivo mitigar os efeitos da pandemia nas populações mais suscetíveis. Além da solidariedade, a campanha quer apontar saídas eficazes e competentes para quebrar ciclos de pobreza e formar gerações mais preparadas aos desafios do século 21.

Conheça os avanços alcançados pelas parcerias da United Way Brasil no primeiro semestre, clicando no link do Relatório de Atividades: link

Participe e compartilhe a campanha. Acompanhe nossas redes sociais. Clique e contribua com a nossa meta! Juntos podemos fazer muito mais.

Novas ações unem organizações e empresas para enfrentar a Covid-19

Iniciativas emergenciais ao enfrentamento do coronavírus, especialmente focadas em famílias em situação de vulnerabilidade social, ganharam fôlego com a adesão de novas empresas, mas é preciso fazer mais.

Desde março, a United Way Brasil (UWB) tem articulado a sua rede de apoiadores para arrecadar recursos destinados a cestas básicas e de produtos de higiene, essenciais à saúde das populações vulneráveis que vivenciam a falta de trabalho (muitas até mesmo antes da pandemia) e o isolamento social. 

Essa mobilização possibilitou a ampliação de beneficiados, atendendo cerca de 10 mil pessoas de 8 estados (SP, RJ, MG, SC, PE, BA, PA, PR). Até junho, 15 empresas, entre associadas e não associadas da UWB, aderiram à campanha: BIC, Dow Brasil, Ecolab, Edwards Lifesciences, Everis, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, General Mills, Lear Corporation, Lilly, Morgan Stanley, O-I, Phoenix Tower, PwC, P&G, Shure Brasil.

Até final 8 de junho, foram confirmados mais de R$ 975 mil arrecadados em recursos. Uma parte desse valor (R$ R$ 301.948 ) vai compor o Fundo Emergencial de Saúde Coronavírus Brasil, organizado pelo Idis, Movimento Bem Maior e BSocial, com o objetivo de fortalecer o sistema público de saúde e as pesquisas para deter o vírus.

O recurso restante está sendo repassado a 22 organizações e movimentos, responsáveis por fazer chegar às famílias as cestas e kits. Existem diferentes formas de participar dessa onda de compromisso social. Cabem às empresas e à United Way Brasil pensarem juntas o formato do apoio emergencial: doação de produtos, de recursos, de serviços, editais etc. As possibilidades são muitas e a UWB se propõe a customizá-las de acordo com o perfil e as demandas de cada corporação.

Com relação aos editais, um exemplo recente foi a iniciativa regional da 3M, no qual a United Way Brasil se inscreveu, com apoio do escritório regional da United Way, sendo contemplada. Por meio dele, até novembro de 2020, 1.600 famílias brasileiras, com crianças de 0 a 6 anos, de 12 municípios de São Paulo, serão beneficiadas com cestas básicas e formação oferecida pelo programa Crescer Aprendendo.

A partir dessa parceria, pais e responsáveis por crianças pequenas receberão, através do WhatsApp, conteúdos diários sobre a importância dos cuidados nos primeiros anos de vida para contribuir ao desenvolvimento integral de seus filhos e filhas, especialmente em tempos de pandemia. 

Sobre a contribuição por meio de produtos, dois exemplos são as doações da P&G e BIC, que somam 261 mil itens. 

A parceria com movimentos, como a @UniãoBrasil (Instagram: @uniaobrorg), que envolve @UniãoSP e @UniãoRJ, e a plataforma aberta Família Apoia Família, iniciada em março, continua e é, também, uma oportunidade de participação da população em geral.

Até o momento, as iniciativas de todas as parcerias formalizadas beneficiaram aproximadamente 10 mil pessoas, considerando cinco pessoas por família apoiada, ao longo de três meses. Mas é preciso avançar.

Mesmo com mudanças previstas nas regras do isolamento social, em muitas cidades, a crise gerada pelo Covid-19 não será vencida no curto prazo, infelizmente, o que exige novas mobilizações. Por isso, empresas que queiram colaborar, podem fazê-lo a qualquer momento. Basta entrar em contato com a equipe da United Way Brasil para que, a quatro mãos, elaborem uma estratégia emergencial para minimizar os impactos históricos que este ano causará, especialmente, às famílias em situação de vulnerabilidade social. Vamos juntos?  Escreva para: anaflavia@uwb.org.br

Podcast com Graça Machel convoca a sociedade a rever seu olhar sobre as desigualdades

Graça Machel, uma das maiores ativistas negras do mundo, expõe sua visão do que precisa ser feito para amenizar as desigualdades sociais, mais agravadas pela pandemia.

Graça Machel conectou-se ao Brasil para falar sobre a atual crise, gerada pelo coronavírus, que ampliou as desigualdades, atingindo, especialmente, mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade social. Graça é fundadora das organizações The Graça Machel Trust e Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade e uma das protagonistas da luta pela libertação de Moçambique, em 1975, junto ao seu então companheiro, Samora Machel. Foi ministra da Educação e da Cultura no primeiro governo moçambicano, por cerca de 14 anos. Durante sua militância, Graça conheceu Nelson Mandela e com ele protagonizou a luta contra o Apartheid.

Na sua fala, Graça ressalta a importância de olharmos para as desigualdades como uma situação desconfortável e não como algo que está posto e não se pode mudar, fazendo parte do cotidiano: “Como cidadãos organizados, temos de olhar para a nossa consciência e dizer: ‘esta maneira de ser – e digo a maneira de ser indiferente -, de estar indiferente ao sofrimento do outro (…) é contra o reconhecimento de que todas as pessoas nascem iguais e têm os mesmos direitos, nem mais e nem menos direitos”.

Graça usa exemplos de Moçambique que cabem à realidade brasileira, onde crianças e mulheres são mais sensíveis aos efeitos sociais da pandemia. Mas ela também indica caminhos que podem gerar mudanças profundas, como reconstruir a sociedade pós-Covid-19 a partir de políticas públicas centradas nesses dois públicos: “Ao fazer isso, resolveremos problemas estruturais com os quais temos convivido”, reforça.

Também chamou a atenção para a necessária e urgente participação cidadã ativa: “Temos de confrontar os centros de decisão (…). Usar a força de nosso voto para dizer que não pode continuar assim. Não pode porque não deve. E não deve porque não tem justificação legal, moral para que as coisas continuem como estão.”

Em tempos de pandemia, a fala de Graça Machel convoca todos a olharem para os desafios que estão sendo traçados no presente e precisam de soluções eficientes no cenário pós-pandemia. Essa equação só terá saídas eficazes se for solucionada a partir de um trabalho coletivo, que envolva os diferentes setores, para que a sociedade se torne mais justa, acolhendo todas e todos.

Ouça e compartilhe o podcast com Graça Machel e aproveite para curtir a nossa página no YouTube, acompanhando outras ações que realizaremos este ano.

https://youtu.be/ITICtjCjbdQ

*A fala de Graça Machel faz parte da live “Desigualdades e Pandemia”, realizada em 23 de junho, que, por problemas técnicos, não foi concluída.

O papel da indiferença nas desigualdades sociais

“Como cidadãos organizados, temos de olhar para a nossa consciência e dizer: esta maneira de ser – e digo a maneira de ser indiferente –, de estar indiferente ao sofrimento do outro (…) é contra o reconhecimento de que todas as pessoas nascem iguais e têm os mesmos direitos, nem mais e nem menos direitos.”

Graça Machel, moçambicana, ativista negra e protagonista da independência de Moçambique e do Apartheid

Graça Machel aceitou o convite da United Way Brasil para participar da live internacional “Desigualdades e pandemia”, realizada em duas etapas, nos dias 23 de junho e 2 de julho, com o apoio da Lear Corporation e P&G.

Como defensora dos direitos humanos, Graça demonstra claramente sua indignação frente às desigualdades sociais que presencia no mundo, especialmente no seu país. Ela chama nossa atenção sobre a postura conformista com que tendemos a olhar para situações que achamos não nos afetar, como a pobreza, a falta de oportunidades para negros, índios, as negligências contra crianças e adolescentes de territórios vulneráveis, dentre outras. A ativista aponta, claramente, como essa postura distante nos impede de ver o quanto as desigualdades atingem a todos nós, mesmo que achemos o contrário. 

As tantas formas de violência, a falta de mão de obra qualificada, de investimentos em pesquisas, o crescente números de pessoas doentes, a destruição do meio ambiente são algumas das muitas facetas das desigualdades. 

O evento da pandemia traz para todos nós uma pergunta cuja resposta pode fazer toda a diferença para o presente e o futuro da humanidade: vamos continuar agindo da mesma forma?

Desigualdade em números

Várias informações a que temos tido acesso, pelas redes sociais e meios de comunicação de massa, mostram claramente o quanto uma boa parte da população brasileira está sendo mais penalizada pela pandemia. Por exemplo, 4.8 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso à internet para frequentar as aulas a distância ou fazer as tarefas em plataformas digitais (TIC Kids Online, 2019).

Outro dado é sobre violência. Os “baixos” números de denúncias registrados pelo Disque 100, em março e abril de 2020, no auge da pandemia (461 denúncias), denotam que crianças e adolescentes estão isolados com seus agressores e que, como não frequentam outros espaços onde a violência pode ser percebida, como as escolas, não têm com quem contar. 

Antes da pandemia, ao longo de 2019, foram registradas 159 mil denúncias, sendo 86,8 mil violações de direitos de crianças ou adolescentes, um aumento de quase 14% em relação a 2018.  Estudos acadêmicos indicam que nem 10% dos casos são denunciados às autoridades, o que revela um problema ainda mais complexo.

Outra informação dos impactos da Covid-19 está relacionada à crise econômica que ela gerou e que pode levar 14,4 milhões de brasileiros à pobreza (UNU-WIDER).

Impacto coletivo como resposta

Para nós da United Way Brasil, a fala de Graça Machel reforça o nosso compromisso em articular e atuar em rede para enfrentar as desigualdades de frente.

O cenário da pós-pandemia aprofundará as distâncias e, por isso, é preciso agir rapidamente para mitigá-las, antes que assumam proporções ainda mais intoleráveis. É preciso continuar trabalhando pelo desenvolvimento integral de crianças e adolescentes e cuidar das famílias, a fim de que se apropriem de ferramentas que as ajudem a criar seus filhos para que as novas gerações quebrem ciclos de pobreza. 

Para Graça, as mulheres e as crianças precisam estar no centro das políticas públicas do pós- pandemia. Segundo ela, dessa forma, a sociedade conseguirá resolver problemas estruturais com os quais temos convivido há séculos. Cabe aos jovens gerar mudanças de valores e defender éticas que fortaleçam a sociedade para que se torne sustentável em todos os sentidos. Por isso, é essencial que a juventude receba subsídios para isso, construindo projetos de vida claros, realizáveis e promissores.

Você e sua empresa podem estar ao nosso lado para cumprir esses objetivos. Há várias maneiras de participação, por meio de projetos, ações e programas que

envolvem do principal executivo até os colaboradores da empresa. Essas iniciativas têm metodologias consolidadas, testadas e avaliadas e podem abarcar desde um investimento financeiro coletivo das corporações a estruturas de reportes customizadas, conforme suas necessidades e intenções.

Por isso, convidamos aqueles que enxergam nas desigualdades sociais um problema de todos que se unam a nós a fim de enfrentá-las. Precisamos de mãos e mentes que atuem conosco para acabar com a indiferença. A dor do outro é a nossa dor.

Aproveite para ouvir a fala de Graça Machel, que nos inspira todos os dias a continuar o nosso trabalho: clique aqui

Os efeitos da pandemia na saúde financeira das organizações sociais

As organizações da sociedade civil têm atuado de forma decisiva para garantir o bem-estar das populações mais vulneráveis, tentando conter a pandemia nas comunidades e bairros mais pobres. No entanto, elas também são vítimas desta crise, que não tem hora para acabar.

Todos os movimentos e ações do terceiro setor estão voltados à contenção da contaminação pelo Covid-19. Desde campanhas para arrecadação de recursos e doações de alimentos e insumos de higiene pessoal até a atuação presencial para atender a população mais vulnerável são iniciativas que acontecem nos quatro cantos do País, protagonizadas por pessoas (voluntários e funcionários) que atuam por causas distintas.

No entanto, como consequência da crise econômica que se arrasta há anos, muitas instituições têm perdido patrocínios e doações. Com a pandemia, essa escassez de recursos aumenta dia após dia, colocando em risco a funcionalidade de serviços essenciais para grupos e populações específicas.

Como manter funcionários, especialistas, benefícios aos assistidos, sem recursos? Essa equação não tem uma resposta simples e é por isso que as instituições que sobrevivem ao atual caos terão de buscar alternativas para manter sua operação, sem prejudicar aqueles que necessitam de seus serviços.

Para Rodrigo Alvarez, diretor da Mobiliza Consultoria, empresa especializada em captação de recursos e comunicação do terceiro setor, “algumas organizações precisam redesenhar suas ações”. Segundo ele, o cenário de médio prazo é incerto e, o que preocupa, “é que pouca gente está olhando para além do curto prazo. Quais políticas públicas de apoio às ONGs estão sendo pensadas para a crise e pós-crise?”, questiona e complementa: “Não podemos esquecer que as ONGs, muitas vezes, são as que mais conhecem a realidade das comunidades e suas necessidades e demandas. Ou seja, são potentes aliadas no combate a este e a qualquer outro desafio que o país tenha de enfrentar”.

A escassez afeta todo o tipo de organizações: as que vivem de doações de pessoas físicas, de realização de eventos, de recursos públicos etc., e as que se mantêm, basicamente, com aportes de empresas. “As empresas estão investindo no combate ao Covid-19, especialmente nas ações de Saúde e de Assistência Social. Provavelmente, cumprirão os acordos já fechados com as organizações sociais este ano. Mas e depois? Terão novos aportes para que as ONGs deem continuidade ao necessário trabalho que virá com os impactos da crise financeira?”, pergunta Rodrigo.

O consultor acredita que 2020 e 2021 serão anos difíceis, de recessão, que afetará ainda mais as famílias, principalmente as que sofrem com a falta de bens e serviços essenciais, faltas estas que as ONGs ajudam a minimizar com seu trabalho na ponta. “Existem outras crises semelhantes ao coronavírus, nas periferias das grandes cidades, que vivem um isolamento social cotidiano, sem poder usufruir de seus direitos por não terem condições econômicas, de mobilidade, de saúde, de trabalho…”, alerta o consultor. “As organizações sociais assumiram um papel incontestável de lutar pela inclusão dessas pessoas, por isso são tão necessárias em nosso país”, conclui.

Cada um pode fazer mais

Assim como as demais instituições de terceiro setor, a United Way Brasil (UWB) também vem atuando junto às comunidades mais vulneráveis para combater o avanço do Covid-19, mobilizando empresas e pessoas a contribuírem com essa causa (leia matéria sobre campanha, no link: Vamos juntos contra o Corona vírus). No entanto, a UWB precisa manter sua equipe e os serviços que têm oferecido à população que atende por meio do programa Crescer Aprendendo, voltado a famílias de baixa renda com crianças até seis anos (fase da primeira infância).

Uma das formas de contribuir, que está nas mãos de pessoas físicas, mas é pouca utilizada por elas, é a doação do imposto de renda para causas sociais. Por isso, a UWB lançou uma campanha de arrecadação desses recursos.

A doação é simples e rápida e pode ser feita até 30 de junho. Ao finalizar a sua declaração na versão completa, clique em Resumo da Declaração e em Doações Diretamente na Declaração-ECA. Escolha São Paulo, na seleção do Estado. Tanto CNPJ quanto o valor para doar vão aparecer automaticamente na página. Selecione o valor que quer destinar ao Crescer Aprendendo. Imprima o darf e pague até 30 de junho. Por fim, a parte mais importante: envie o DARF e o comprovante de pagamento para o CONDECA com a mensagem que deixamos neste tutorial, com todos os detalhes da doação: www.bit.ly/IR_UWB

Contamos com sua colaboração para continuar atuando em favor do desenvolvimento integral na primeira infância, fortalecendo nosso trabalho para beneficiar as famílias que, após a crise, precisarão ainda mais de nosso apoio.

Vamos juntos contra o Corona Vírus

Iniciativa da United Way Brasil une empresas, indivíduos e organizações da sociedade civil para apoiar populações vulneráveis de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Há mais de 130 anos atuando em 41 países com o propósito de gerar bem-estar a diferentes populações, a United Way Brasil também realiza ações de combate ao Covid-19 para minimizar os efeitos da pandemia nas famílias que vivem em bairros e comunidades vulneráveis.

No entanto, no lugar de criar novas campanhas, a United Way Brasil (UWB) decidiu apoiar e fortalecer o movimento UniãoBR (Instagram: @uniaobrorg), que promove a hashtag #TÔDENTRO, uma iniciativa voluntária, de pessoas e organizações da sociedade brasileira, sem vínculos partidários ou religiosos. A ação vai beneficiar comunidades vulneráveis das cidades de São Paulo (@uniãoSP) e Rio de Janeiro (@uniãoRJ) no enfrentamento do Covid-19.

Para isso, a UWB tem convidado empresas, especialmente suas associadas, e o maior número possível de pessoas, para que também se engajem na campanha.

PESSOA FÍSICA: COMO AJUDAR

Todos podem participar, doando recursos que serão revertidos em cestas básicas entregues às famílias dos bairros mais suscetíveis ao contágio.

Doações para São Paulo

O movimento BR São Paulo é uma iniciativa de diversos grupos da sociedade civil para impedir uma crise humanitária em consequência do coronavírus no Estado, criando um Fundo Emergencial de Apoio à População Ameaçada pelo COVID-19, formado por recursos privados, realocados de maneira coordenada. Uma curadoria feita pelos responsáveis – pessoas que voluntariamente atuam nessa ação – compra e distribui produtos, de acordo com a demanda em cada momento.
Para participar, acesse o site https://www.uniaosp.org/ e siga o passo a passo.

Até agora, em São Paulo foram arrecadadas mais de 111 mil cestas básicas pelo movimento, realizado pelo Península e Renova BR, com o apoio das seguintes organizações:

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Doações para o Rio de Janeiro

O movimento independente União Rio é formado por pessoas e grupos da sociedade civil local comprometidos com o bem-estar das populações vulneráveis do Estado.

Os indivíduos podem ajudar as comunidades com recursos financeiros (recebidos pelo Instituo PHI) que serão utilizados para a compra de alimentos e itens de limpeza (negociados e adquiridos pelo Banco da Providência), distribuídos às famílias das comunidades mapeadas (papel do Instituto Ekloos).

No site do Movimento está o passo a passo para fazer a contribuição: http://www.movimentouniaorio.org

Até o momento, foram entregues a 17.200 famílias de 33 comunidades, 34 mil litros de produtos de limpeza, 137 toneladas de alimentos, graças a 1.329 doadores cujas contribuições somaram mais de R$ 1,1MM.

Depois de realizar sua doação, ajude a divulgar a inciativa, compartilhando nas suas redes sociais e enviando o link para amigos e familiares.

O movimento conta com a realização e o apoio destas organizações e empresas:

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Família que apoia família vence o coronavírus juntas!

Além contribuir com as inciativas voltada às pessoas de regiões mais suscetíveis ao vírus, a UWB também considera essencial o fortalecimento do trabalho de organizações sociais que atuam diretamente com populações em situação de vulnerabilidade, especialmente neste momento complexo em que os recursos estão escassos nessas instituições.

Por isso, também é parceira da plataforma aberta Família apoia Família, criada por organizações do Terceiro Setor, com o objetivo de doar insumos a ONGs que precisam de apoio para entregar cestas básicas aos seus beneficiários.

Qualquer pessoa que queira fazer diferença pode dar a sua contribuição. Basta acessar a plataforma da benfeitoria (https://benfeitoria.com/canal/familias) e seguir o passo a passo.

Você define qual organização quer ajudar, mas, se tiver dúvidas, sugerimos que doe à Fundação Julita, com quem a United Way Brasil já atuou.

Na página, você acompanha os avanços das doações gerais (recebidas por todas as ONGs participantes) e da instituição que você apoiou.

Até o momento, no total, foram arrecadados R$ 3.05 MM de 211 colaboradores.

É simples, rápido e transformador!

Acesse a plataforma, faça a sua parte e compartilhe com mais pessoas: https://benfeitoria.com/canal/familias

Esta iniciativa conta com as seguintes instituições:

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco Descrição gerada automaticamente

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

A UWB conseguiu mobilizar diferentes instituições e corporações (com seus respectivos colaboradores) para que abracem a causa e façam suas doações. Já temos alguns resultados para comemorar:

Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Doação de 263 cestas básicas a famílias em situação vulnerável da região do Campo Limpo, em São Paulo.

Morgan Stanley

Engajamento dos seus colaboradores para doação na plataforma Família Apoia Família.

O-I

Campanha de engajamento com os colaboradores da empresa, para que doem em folha. A cada real doado pelo funcionário, a empresa doará mais um real. O recurso será destinado a cestas básicas para famílias de catadores de cooperativas.

P&G

Doação de 4 mil litros de shampoo, das marcas Pantene e Head&Shoulders, item essencial à higiene capilar no combate ao coronavírus, doados para a comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, onde está sediada uma das fábricas da empresa, além de recursos para a compra de cestas básicas que serão distribuídas em comunidades de São Paulo. Também estão realizando uma campanha para engajamento de seus colaboradores: a cada real doado em folha, a empresa fará uma doação de igual valor. Ao longo de três meses, esses recursos serão destinados à compra de cestas básicas para famílias de São Paulo e Rio de Janeiro.

PWC

Doação de recursos para aquisição de itens de higiene e de alimentação para populações em situação de risco em São Paulo e Rio de Janeiro. Campanha com seus colaboradores para doações em folha, com matching da empresa (a cada um real doado, a empresa doará um real)

Impacto Coletivo: uma estratégia ampla, efetiva e solidária

O conceito impacto coletivo é relativamente novo no Brasil, onde o tema começou a ser falado por volta de 2011. No entanto, em outros países, essa estratégia social é mais antiga e tem trazido bons resultados.

O ecossistema que dá origem ao conceito é formado por um parceiro âncora que mapeia o que está acontecendo em um território vulnerável. Depois, identifica uma causa relevante pela qual irá atuar. Com informações coletada e caminhos possíveis a seguir, sensibiliza e convoca stakeholders (interessados na causa) das diferentes áreas para que façam parte dessa rede. Juntos pensam em soluções sustentáveis que superem os desafios enfrentados pela causa, desde os recursos que precisarão investir e atores envolvidos nas iniciativas até metodologias que podem ser adotadas para que as ações se concretizem efetivamente, trazendo os resultados esperados.

Atuando no mundo há mais de 130 anos, a United Way tem no impacto coletivo a base de seus projetos. No Brasil, o conceito ainda está em construção. O que se tem muito presente é o investimento coletivo, ou seja, empresas e organizações que aportam recursos em projetos e programas sociais para beneficiar públicos vulneráveis, iniciativa de extrema importância.

No entanto, para 2020, a United Way pretende ir além e ampliar o conceito de impacto coletivo no país, por meio de iniciativas que envolvam uma cadeia de atores para que as transformações sociais sejam mais amplas e efetivas e contribuam à construção de uma sociedade melhor, com foco nos jovens (a causa), um dos públicos beneficiados pelos projetos da United Way Brasil (o parceiro âncora).

Por isso, continue seguindo nossas redes para ficar por dentro das novidades e, quem sabe, compor esse movimento que fará diferença na juventude brasileira.