UWB reúne lideranças empresariais para debater avanços nas agendas 2030 e ESG

No último dia 27, a UWB realizou seu encontro anual, “Juntos pelas novas gerações”, na sede da P&G, em São Paulo. O evento reuniu cerca de 80 pessoas, entre lideranças empresariais, colaboradores das empresas associadas, convidados e o time da organização. Na primeira parte da programação, foram apresentados os resultados do trabalho coletivo da UWB e seus parceiros, em 2022, com o lançamento do Relatório de Atividades. No ano passado, 8.736famílias com filhas(os) na primeira infância e 10.974jovens foram beneficiados pelas iniciativas, envolvendo 764voluntários, 17 empresas parceiras e apoiadoras, totalizando mais de R$6 milhões investidos na potência das novas gerações.

Dados e evidências conduzem painel sobre contexto atual

“Empresas impactantes: como as parcerias podem alavancar a agenda ESG das empresas”, painel mediado pela CEO da UWB, Gabriella Bighetti, contou com a participação de Gabriela Rozman, Gerente Sênior de Capacity Building e parcerias do Pacto Global da ONU no Brasil; Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos; e Gabriel Guimarães, Consultor de Relações Públicas e Diretor de Clientes em Tecnologia e Informação da Edelman Brasil e América Latina.

Gabriel abriu o diálogo, compartilhando dados do estudo recém-lançado Edelman Trust Barometer 2023 sobre a confiança da sociedade nas instituições. “O tecido social está enfraquecido devido ao clima de polarização atual, consequência de diferentes fatores, como a desconfiançadesencadeada pela ansiedade econômica e onda de desinformação. Do total de entrevistados, 78% afirmaram que nosso país está mais dividido hoje do que no passado. Ao mesmo tempo, empresas e ONGs são as únicas instituições vistas como competentes e éticas pelos brasileiros. Isso significa que as lideranças empresariais têm fundamental papel para encontrar soluções aos desafios socioambientais”, ressaltou.

Para Caio, “é preciso que as empresas tragam para o chão a pauta ESG, lembrando que a realidade da Europa e dos EUA é diferente da brasileira. Estamos entre as dez nações no ranking da economia e entre as dez no das desigualdades. A questão não são recursos, porque eles existem. A UWB nos mostrou que tem expertise e faz essa articulação para atuar de forma coletiva, mas ela precisa de recursos para gerar o impacto social necessário. Também acredito que as empresas devam incidir sobre políticas públicas, fazendo alianças para acelerar processos da agenda política, porque ou a gente se senta na mesa ou a gente é o cardápio”.

Gabriela, em sua fala, reforçou que estamos distantes de cumprir a Agenda 2030, da ONU. “São necessárias metas claras e ambiciosas para que as empresas avancem. Existem as ferramentas, meios e caminhos para isso. Não temos respostas para tudo, mas podemos desenhá-las, só que é necessário tocar em algumas feridas profundas. A sociedade tem cobrado, a legislação está mais rígida. É o momento de sair da superficialidade para trabalhar a agenda de forma efetiva. Destaco a ODS 17, que justamente fala das parcerias. Ela é o fio condutor de todos os outros objetivos. É o momento de trazer o potencial de cada setor, de nos sentar à mesa e promover um diálogo para construir soluções coletivas.”

Sobre o que é preciso deixar de fazer hoje e o que é urgente começar a fazer amanhã, pergunta feita aos painelistas, para encerrar a conversa, Gabriela foi enfática: “Deixarmos de nos preocupar com o nosso pedaço e entender que fazemos parte de um sistema integrado, que somos seres sociais e precisamos pensar no nosso bem e no bem do outro”. Para Gabriel, “as empresas precisam deixar o medo de lado e assumir ações para apoiar o desenvolvimento das instituições sociais. Assumir que fazem parte do problema e podem contribuir com as soluções”. Para Caio, “é preciso deixar de naturalizar a violação dos direitos humanos e fazer a autoanálise sobre situações do dia a dia em que violamos esses direitos. Também precisamos descobrir o momento individual, em que lugar chegamos, perceber que o que a gente tem é suficiente para sermos felizes”.

Novo plano de fidelização quer engajar mais empresas à causa

Na última parte do evento, a UWB lançou um novo plano de parcerias para empresas, com categorias relacionadas aos valores doados à instituição, revertidos em impacto social na vida de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. A ideia é que mais corporações se sintam motivadas a fazer parte dessa grande rede que investe na potência das novas gerações, podendo comunicar aos seus públicos e stakeholders a sua adesão. Qualquer corporação que queira se tornar uma empresa potente, pode acessar o plano, clicando aqui.  

Para marcar e reconhecer a importância do papel das companhias nas transformações sociais necessárias, um representante de cada empresa associada recebeu um certificado. Em seguida, os colaboradores voluntários das corporações foram homenageados por atuarem em diferentes iniciativas da UWB que promovem oportunidades de desenvolvimento para a primeira infância e as juventudes brasileiras.

Os participantes do evento foram contemplados com duas apresentações, no início e no encerramento do encontro, realizadas pela 1ª Companhia Preta de Teatro Musical do Brasil (CIABTM), um coletivo “artivista”, criado por Francisco Ribeiro, para ampliar horizontes, por meio de espetáculos musicais antirracistas, que trazem a cultura e as tradições africanas para o palco. A companhia também desenvolve projetos de arte-educação para formar jovens pretos artistas a ativistas das periferias.  Clique aqui e saiba mais.