Saiba como foi a apresentação do relatório Juventudes e a Pandemia – edição cidade de São Paulo

O primeiro painel reuniu Claudia Carletto, Secretária de Direitos Humanos e Cidadania da Cidade de São Paulo, Marcus Barão, Presidente do Conselho Nacional da Juventude do Brasil (Conjuve), e Ramirez Augusto Tosta, coordenador de Políticas para Juventude da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania. O objetivo era compartilhar e refletir sobre os achados do relatório idealizado pelo Conjuve e seus parceiros, que contaram com a Rede de Conhecimento Social, o GOYN SP e a Coordenação de Políticas para Juventude para sistematizar o recorte de dados relacionados às juventudes do município. A pesquisa contou, ainda, com apoio e mobilização de jovens e muitas organizações locais. Para o recorte de São Paulo a amostragem contou com 3.500 jovens-potência da cidade. 

“A gente sabe que os desafios são muitos, a gente sabe que os jovens vivem nesse momento pós pandemia com muita cautela e preocupação. Então, é responsabilidade de todos os atores sociais buscar soluções e garantir que nossos jovens tenham emprego, renda, educação e futuro”

afirmou a secretária Cláudia Carletto,

abrindo a conversa.

Dentre os diferentes aspectos trazidos pela pesquisa, a saúde mental ganhou um importante espaço de análise, já que o tema aparece como um fator preponderante e uma grande preocupação dos entrevistados: 70% dos respondentes apontaram a exaustão, o cansaço, o uso excessivo das redes sociais como aspectos que prejudicaram seu bem-estar mental durante e no pós-pandemia.

A análise desses dados, por exemplo, levou à conclusão de que o acesso às atividades voltadas aos cuidados com a saúde é, para os jovens, restrito, especialmente o atendimento psicológico. A socialização e retorno à rotina presencial foram destacados pelos entrevistados: 61% deles querem o retorno das aulas presenciais para que as atividades ajudem a equilibrar suas emoções; 50% desejam que seja implementado atendimento psicológico especializado e 31% pleiteiam que haja acompanhamento psicológico nas escolas.

“Isso traz para nós, da Prefeitura de São Paulo, uma missão muito importante: olhar para políticas que estão sendo executadas até o momento, afiná-las e ampliar o atendimento para que jovens tenham espaços para o autocuidado, diminuindo os índices relacionados aos prejuízos que a pandemia causou à saúde mental”, concluiu Ramirez (à esquerda)

Educação e Trabalho também foram temas de estudo da pesquisa e mostraram porque as juventudes têm desistido da escola e da busca por um emprego, diante de um cenário desolador, desenhado pela crise. Por outro lado, um dado positivo que a pesquisa aponta é sobre a participação política das juventudes. Os jovens paulistanos consideram que o cenário de pandemia os levou a ficar mais atentos.

“Eles querem participar mais da vida pública e das decisões que os afetam. Isso é fundamental quando a gente está às vésperas de 2022, um ano gigante para nossa democracia”, ressaltou Marcos Barão, do Conjuve (à direita na imagem)


Confira estes e outros achados acessando a pesquisa na íntegra